Durante a semana as crianças puderam entrar em contato com a companhia de teatro e seus artistas na rotina da escola e no dia 04 de novembro a escola pode ir ao teatro Les Artiste Café apreciar o espetáculo O Homem do Banco Branco e a Amoreira, peça infantil que conta de maneira poética a história de um amor perdido no tempo. O símbolo de que as lembranças do amor perduram é o pé de amora, testemunha de encontro e descoberta desse sentimento que dá sentido à vida. A peça é permeada por silêncios e reminiscências, tensão, medo e muita ternura, o que torna o enredo bastante familiar e, ao mesmo tempo, inesperado. O desejo de reencontrar o amor perdido é a esperança de reencontrar a si mesmo e isto se funde ao medo de que tudo pare nas rugas do tempo.
O Homem do Banco Branco e a Amoreira é o primeiro espetáculo da Minha Nossa Cia. de Teatro, tendo participado de mostras e festivais em diversos estados do sul e sudeste do Brasil, quando no ano de 2015 o seu projeto de circulação foi contemplado pelo edital da Petrobrás e Lei Rouanet para apresentações em cidades no norte e nordeste, incluído também a realização de oficina junto às escolas da rede pública de ensino.
O currículo, como lembra Antônio Flávio Barbosa Moreira , é o espaço em que se desenrolam as experiências de aprendizagem que giram em torno do conhecimento escolar. É também aquilo que é criado nas vivências cotidianas. Valorizar a arte e integrá-la ao cotidiano da criança é, pois, uma escolha clara pela valorização do seu senso crítico e estético e pelo aguçamento de sua sensibilidade. Nesse caso, a arte atua também como ferramenta para o pensamento e para a atribuição de sentidos para a vida.
A vivência foi proporcionada num sentido de imersão, onde as crianças puderam perceber uma peça de teatro em sua totalidade (o cenário, a iluminação, a coreografia, o som, a atuação etc.) e ampliar a sua percepção sobre essa arte. Isso reafirma a relevância de uma educação que respeite, estimule, e acompanhe o estudante em suas interações com diferentes formas de linguagem e de expressão artística. A conversa com os artistas após a encenação e a participação de intérprete de Libras e a realização áudio-descrição no desenrolar da história deram um caráter verdadeiramente inclusivo à proposta. Certamente serão momentos inesquecíveis para as crianças. Vida longa à amoreira e aos amores!
P.S.: As fotos são da professora Noranei
Por Ceane Simões, mãe e professora.